De maio, até agosto, a pesca artesanal se reorganiza, cercos, zangarelhos e linhas de mão, dão lugar a longos panos de rede, normalmente malha 10; fio 60, 3 ou 4 braças de altura, espias e equipes organizadas para encontrar a tainha.
Emblemática por suas ovas e desejada pelo sabor característico de inverno, união e um balé lindo no mar.
Tainha é sinônimo de fartura, ova frita e café coado, varal e peixe salgado. Fogão a lenha e fumaça.
A tainha não vem sozinha
ela traz histórias, sustento, encontros.
Traz o cheiro do defumado no terreiro, o correr das crianças na areia molhada.
Para os que vivem do mar, esse não é só um peixe.
É promessa cumprida, é fartura que escorre entre os dedos, é ritmo da natureza respeitado.
Enquanto houver tainha,
haverá memória viva nas comunidades tradicionais.
É tempo de tainha....