Narrações off Pará
Ep. 01
Loc. 1 OFF
Mosaico Pará, Mapeamento Cultural do Artesanato Brasileiro.
Nesta jornada, vamos desvendar o artesanato paraense, em que cada peça revela um fragmento da alma amazônica.
Loc. 2 OFF
Começamos nosso trajeto por um lugar cheio de encantos, conhecida como a cidade da arte e a "capital dos brinquedos de miriti". Abaetetuba está a 126 km da capital, Belém. Nesse território encontramos uma palmeira encantada, herança ancestral que se transforma em arte. Uma tradição singular que é hoje Patrimônio Cultural do Pará.
Loc. 3 OFF
Criada graças ao projeto Miriti Design, a Associação Miritong tem como figura central o Mestre Valdeli, que combina paixão pelo miriti com o compromisso para o desenvolvimento local.
Loc. 4 OFF
Em Abaetetuba, o brinquedo de miriti ganha força com algumas organizações de artesãos, como é o caso da AAPAM, que teve como um dos fundadores o mestre Miranda. Com metas e gestão transparente, a Associação está construindo um futuro sustentável e promissor para os artesãos.
Loc. 5 OFF
Seguimos pela grande Belém, em direção a Icoaraci, o coração da cerâmica amazônica. Aqui, o barro ganha formas e histórias. Uma tradição viva, moldada por mãos talentosas. E entre os grandes nomes que inspiram essa arte, Mestre Doca Leite é uma referência. Um pioneiro que segue transformando o barro em legado.
Loc. 6 OFF
O trabalho do mestre Doca Leite e o de tantos em Icoaraci, é um diálogo contínuo com a ancestralidade. Nele, refletem a sofisticação da arte Marajoara, a simbologia da Tapajônica e a singularidade da Maracá. Todas se reinventando, no presente, pelas mãos de mestres desse ofício. E nessa trama de saberes que dá vida ao barro, a Família Santana se destaca. Liderados por Mestre Guilherme, e com Marly, Maynara e Sebastian, eles representam a vanguarda da cerâmica de Icoaraci, unindo a tradição à inovação, com paixão e propósito.
Ep. 02
Loc. 1 OFF
Mosaico Pará, Mapeamento Cultural do Artesanato Brasileiro.
Entre o ancestral e o contemporâneo, seguimos nossa jornada revelando o compromisso dos jovens em perpetuar as tradições do fazer artesanal. Um resgate que não é apenas memória, mas reinvenção - expresso na força das palavras de Maynara e Sebastian, que carregam a sabedoria dos antigos e o frescor das novas gerações.
Loc. 2 OFF
Reivindicar a continuidade das raízes de um povo é o papel de Meriani, atual presidenta da AAPAM. Guardiã e, ao mesmo tempo, inovadora das tradições, ela mantém acesa a chama que fortalece a identidade paraense.
Loc. 3 OFF
Entre as figuras paraenses, Mestre Dimmi é elo entre passado e presente. No fazer artesanal, une cultura e tradição, entregando aos jovens a sabedoria que atravessa gerações.
Loc. 4 OFF
Conhecer as tradições é uma forma de manter viva a história dos ancestrais. Por isso é importante respeitar o tempo certo da colheita, conhecer as formas de retirar a matéria-prima, entender a tecnologia ancestral e o trabalho de se fazer cada peça, como relata o artesão Gugu. Ele aprendeu a viver de forma harmônica com a floresta, tirando dela o sustento sem agredir a natureza.
Loc. 5 OFF
O miriti é encontrado em terras alagadas, o que dificulta o processo de coleta. Uma tarefa feita com maestria por Gugu, que sabe exatamente como retirar cada pedaço dessa palmeira e transformar em brinquedos.
Loc. 6 OFF
Localizada a aproximadamente 20km de Belém, com acesso fluvial pela Baía do Marajó, a Ilha de Cotijuba se destaca pela riqueza natural e o modo de vida tradicional dos moradores. Marcada pela interação harmoniosa entre as pessoas e a floresta, é um espaço propício para iniciativas que promovem o uso sustentável dos recursos naturais, como o trabalho realizado pela Da Tribu, criada por Kátia Fagundes.
Loc. 7 OFF
Optar pelo manejo sustentável e pela floresta em pé é assumir um compromisso com a vida, com os povos da Amazônia e com a biodiversidade que nela floresce. Hoje, a região enfrenta uma crise ambiental, econômica e social sem precedentes, marcada por secas intensas e incêndios florestais. Segundo dados do INPE, no Pará o desmatamento acumulado nos últimos 16 anos ultrapassou 40% do território, o que coloca em risco o equilíbrio da floresta Amazônica.
Ep. 03
Loc. 1 OFF
Mosaico Pará, Mapeamento Cultural do Artesanato Brasileiro.
Artesãos paraenses unem tradição e inovação para conciliar preservação da floresta e geração de renda. Com matéria-prima sustentável e identidade cultural, movimentam a economia sem perder as raízes. Comercializar com consciência é manter viva a floresta e a tradição.
Loc. 2 OFF
Apesar do avanço nas vendas, os artesãos ainda enfrentam grandes desafios para alcançar novos públicos. Questões como logística e comercialização, permanecem entre as principais dificuldades encontradas por eles.
Loc. 3 OFF
Embora haja inúmeros desafios, os artesãos continuam a se reinventar. Com orgulho, celebram as conquistas que refletem talento e dedicação ao fazer artesanal. Além disso, constroem parcerias e dão vida a novos projetos, que ganham ainda mais força ao unir as tecnologias digitais às sabedorias ancestrais, extraídas da floresta.